Currículo para primeiro emprego: modelo e como fazer
Um guia com tudo o que você precisa saber sobre currículo para primeiro emprego. Veja o que colocar no currículo para primeiro emprego e exemplos.
Essas empresas contrataram nossos clientes:
Como toda nova fase da vida, a transição da faculdade para o mercado de trabalho é repleta de dúvidas e desafios. Nem sempre o que estudantes aprendem em sala de aula corresponde às expectativas dos anúncios de emprego, e a falta de experiência prática e de certas habilidades é um obstáculo comum.
Entenda mais sobre a trajetória de graduandos e recém-formados rumo à vida profissional, o papel das universidades neste processo, barreiras a serem superadas e as competências essenciais que o mercado exige além do diploma.
Apesar do extenso conhecimento teórico adquirido durante a graduação, é a experiência prática que consolida o aprendizado e proporciona uma compreensão mais clara das exigências da profissão para estagiários e recém-graduados.
O contato direto com a realidade da profissão permite desenvolver habilidades essenciais para a carreira que nem sempre são adquiridas durante os estudos. Dessa forma, a experiência prática se torna um elemento crucial para a transição bem-sucedida entre a formação acadêmica e o mercado de trabalho.
Segundo a Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES), apenas 55% dos recém-formados que estão empregados trabalham na área de formação. Embora a maioria dos graduados encontre uma vaga no mercado de trabalho (77%), pouco mais da metade consegue atuar diretamente no campo em que se formou.
Entre os diversos motivos para essa divergência, é possível identificar uma desconexão entre o preparo oferecido pelo ambiente acadêmico e as exigências do mercado, fazendo com que muitos estudantes e graduados se sintam despreparados para as demandas reais que encontrarão em suas carreiras.
Os universitários brasileiros tendem a ser otimistas e podem não ter clareza sobre a compatibilidade entre suas competências e os requisitos do mercado de trabalho.
Os dados da ABMES também revelaram que 44% dos egressos que trabalham fora da área de formação por falta de opção não tiveram apoio da universidade em questões de carreira. A ausência de apoio institucional pode dificultar a inserção do egresso na área de formação, com muitos se vendo obrigados a buscar emprego em outros setores.
61% dos egressos entrevistados pelo Instituto SEMESP em 2024 se sentiam preparados para o mercado de trabalho após a graduação. Entre os pouco ou despreparados, os principais motivos foram falta de atividades práticas, excesso de conteúdo teórico e desatualizado, falta de orientação profissional e problemas pessoais como insegurança e medo.
O estágio obrigatório é uma das principais ferramentas que as universidades utilizam para proporcionar experiências práticas aos estudantes. No entanto, muitos alunos encaram o estágio como uma exigência burocrática, em vez de uma oportunidade valiosa de aprendizado.
Outras iniciativas como programas de extensão e empresas juniores desempenham um papel fundamental na redução da lacuna entre teoria e prática, permitindo que estudantes realizem projetos para situações reais do mercado e apliquem o conhecimento teórico em contextos práticos.
Ainda assim, há uma grande necessidade de setores universitários dedicados ao planejamento de carreira e transição para o trabalho. 86% dos estudantes relataram nunca ter participado de orientação profissional ou sobre busca de emprego durante a graduação, em um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina.
O apoio institucional pode ser um fator decisivo nas trajetórias de carreira e sucesso dos futuros profissionais no mercado de trabalho, apontando a necessidade de maior alinhamento entre o currículo acadêmico e as habilidades práticas requeridas pelos empregadores.
Embora o diploma continue sendo o requisito básico para muitas vagas de trabalho, ele não é mais o suficiente para garantir uma posição no mercado. As soft skills têm se tornado cada vez mais indispensáveis no cenário global e cruciais para o sucesso profissional a longo prazo.
Muitas empresas esperam que recém-formados já apresentem competências como comunicação eficaz, inteligência emocional, capacidade de adaptação e disposição para aprendizado contínuo. Com o avanço constante da tecnologia e a evolução das práticas profissionais, os empregadores buscam profissionais que estejam preparados para aprender novas ferramentas e se adaptar a metodologias dinâmicas.
O Fórum Econômico Mundial também indica que a habilidade de se reinventar será uma das mais importantes até 2025. Graduados que demonstram flexibilidade e vontade de se manter atualizados com as tendências do setor terão uma vantagem competitiva significativa.
Estagiários e recém-formados entrando no mercado de trabalho costumam enfrentar o paradoxo da experiência. Para adquirir experiência de trabalho, é preciso conseguir uma vaga, mas como conseguir uma vaga se todas exigem experiência?
Os jovens profissionais sentem frustração com as exigências de suas primeiras oportunidades de trabalho, mas para os empregadores, "experiência" nem sempre se refere a anos de atuação em um cargo semelhante e sim à habilidade de aplicar conhecimentos em cenários práticos.
Projetos, estudos de caso, estágios, participação em empresas juniores e outras atividades complementares demonstram o conhecimento aplicado esperado pelo mercado, mesmo sem uma longa trajetória profissional. Profissionais que conseguem apresentar um portfólio de trabalhos práticos estão melhor posicionados para se destacar nas etapas iniciais da carreira.
Para entender como universitários se preparam para o mercado de trabalho, analisamos currículos criados por estudantes e recém-graduados em busca de estágio criados no nosso gerador em 2024.
Os dados encontrados revelam muito sobre o perfil destes jovens profissionais e sobre como eles se posicionam no mercado. Com uma média de 2 anos de experiência prévia, a maioria possui algum histórico de trabalho antes da conclusão da graduação, mencionando até duas empresas na experiência profissional de seus currículos.
Ao examinar as habilidades mais citadas, fica claro que jovens profissionais valorizam muito as soft skills. A maioria coloca entre 4 e 6 de habilidades no currículo que refletem diretamente as exigidas pelo mercado de trabalho.
Essas qualidades se adequam à demanda crescente do mercado por profissionais que não apenas possuam conhecimentos técnicos, mas que também sejam capazes de colaborar e se preparar para situações de inovação em diferentes contextos.
Começar a trabalhar após a faculdade pode ser um desafio, mas com um bom planejamento essa transição pode ser mais tranquila e bem-sucedida. Se você é um graduando ou recém-formados querendo se destacar em um setor competitivo, veja algumas dicas que podem fazer a diferença na sua carreira.
Nem todos os cursos universitários requerem o estágio supervisionado na matriz curricular, e os que requerem incluem o estágio nos últimos semestres da graduação. Mesmo assim, busque oportunidades práticas como estágios não vinculados à instituição, empresas juniores e projetos voluntários.
Essas vivências expandirão seu conhecimento na área e ajudarão a desenvolver habilidades práticas, além de preencher a exigência de experiência que o mercado valoriza.
Participe de projetos em grupo, iniciação científica e outras atividades extracurriculares que envolvam colaboração para trabalhar competências como comunicação, liderança e trabalho em equipe, essenciais para o ambiente profissional em qualquer ramo.
Networking pode parecer um termo abstrato ou intimidador, mas começar a praticá-lo desde cedo pode acelerar o desenvolvimento da sua carreira. Participe de eventos, workshops e feiras do seu setor. Conexões valiosas podem abrir portas para oportunidades que talvez você não conseguisse sozinho.
Se a sua faculdade oferece qualquer tipo de serviço de orientação profissional, não deixe de utilizá-lo. Participe de feiras das profissões, assista palestras em tópicos relevantes, converse com orientadores e inscreva-se em cursos sobre currículos e entrevistas. Essas oportunidades podem aumentar significativamente suas chances de sucesso no futuro.
Espero que este artigo tenha esclarecido alguns aspectos importantes da transição da faculdade para o mercado de trabalho. Se tiver alguma dúvida específica, deixe suas perguntas nos comentários e te ajudaremos a se preparar para o próximo emprego.
Nossa equipe editorial revisou este artigo para verificar se está em conformidade com a política editorial da LiveCareer. O intuito é garantir que nossas orientações e recomendações de especialistas estejam consistentes em todos os nossos guias de carreira e alinhadas com os padrões e tendências atuais sobre criação de currículos e cartas de apresentação. Recebemos a confiança de mais de 10 milhões de pessoas em busca de emprego, apoiando-os em seu caminho para encontrar o emprego dos sonhos. Cada artigo é precedido por pesquisa e apuração para garantir que nosso conteúdo responda às tendências e demandas atuais do mercado.
Escrito por
Carmen é especialista em carreira e redatora de currículos profissionais. É linguista e possui experiência em escrita, tradução e revisão. Seu objetivo é facilitar a jornada de pessoas que buscam novas oportunidades em suas carreiras.
Avalie meu artigo:
Da faculdade ao mercado de trabalho
Média:
Um guia com tudo o que você precisa saber sobre currículo para primeiro emprego. Veja o que colocar no currículo para primeiro emprego e exemplos.
Está buscando um currículo pronto para download em PDF, Word ou JPG? Veja modelos de currículo pronto para imprimir. Basta preencher online e baixar!
Descubra como procurar emprego com dicas, sites úteis e técnicas para se destacar no mercado de trabalho. Tudo para arrumar um emprego em 2025.
Essas empresas contrataram nossos clientes: