30 habilidades e competências para colocar no currículo
Confira 30 habilidades para colocar no currículo e se destacar na concorrência. Inclui exemplos para mostrar sua competência em cada seção.
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Por que tantos profissionais sentem que nunca são o suficiente para as vagas que desejam? No Brasil, a desconexão entre o que o mercado exige e o que os candidatos oferecem revela um desafio urgente: as lacunas de qualificação.
Seja por falta de habilidades técnicas ou um foco desajustado, as diferenças entre os requisitos em vagas e os currículos mostram que a preparação dos profissionais e as demandas do mercado caminham em ritmos diferentes.
Analisamos milhares de anúncios de emprego online e de currículos criados no gerador da LiveCareer para desvendar as reais lacunas de qualificação do mercado brasileiro. Veja dados reais para diferentes setores e como superar esse desafio.
As vagas de emprego são um reflexo direto das necessidades do mercado de trabalho. Analisamos quase dois mil anúncios de emprego e identificamos alguns padrões no mercado de trabalho brasileiro.
A análise das vagas de emprego no Brasil revela um mercado onde 58% das exigências estão voltadas para soft skills. Essa valorização de competências comportamentais ainda é acompanhada por uma forte dependência de conhecimentos técnicos em funções mais especializadas.
Em áreas como marketing, engenharia e análise de dados, o foco das empresas está nas habilidades técnicas específicas. 56% dos requerimentos para essas funções são para hard skills como Python, Photoshop, PowerBI e AutoCAD. Essa ênfase reflete a complexidade das tarefas exigidas, que demandam especialização e proficiência prática.
As soft skills (44%) ocupam um papel secundário, mas ainda relevante. Comunicação e organização são valorizadas, tanto em profissões analíticas como criativas, onde a colaboração em equipe e a entrega de resultados claros são essenciais.
As competências interpessoais representam a maior parte das exigências para funções como vendedor, operador de caixa e recepcionista. 69% da descrição de vagaspara essas profissões são soft skills como comunicação, empatia e trabalho em equipe, refletindo o foco em atendimento ao cliente e interação.
Conhecimentos técnicos são menos frequentes, ocupando 31% dos requisitos. Os mais comuns são domínio de Excel, sistemas de ponto de venda e CRM, mostrando que mesmo funções menos técnicas estão sendo impactadas pela digitalização.
Independentemente do setor ou nível de qualificação, certas qualidades pessoais se destacam como essenciais no mercado de trabalho brasileiro.
Comunicação é um atributo em alta em todas as áreas analisadas. Seja no contato direto com clientes, na colaboração entre equipes ou em outras trocas de informações, a comunicação clara e efetiva é imprescindível.
Além disso, a capacidade de trabalhar em equipe e construir relacionamentos se destaca como uma exigência central. O mercado valoriza profissionais que constroem conexões e colaboram de forma eficaz para alcançar resultados coletivos.
Os currículos dos trabalhadores brasileiros revelam uma realidade diferente das demandas das vagas de emprego. Analisamos mais de quatro mil documentos para doze profissões e percebemos que os profissionais tendem a priorizar algumas habilidades e características que muitas vezes não correspondem às expectativas do mercado.
Entre as habilidades técnicas, ferramentas mais avançadas, como Python ou CRM, aparecem pouco nos currículos analisados, mesmo em profissões de alta qualificação, como Analista de Dados ou Especialista em Marketing.
Ao mesmo tempo, competências mais básicas, como Excel, são supervalorizadas e dominam os currículos. Os trabalhadores enfatizam habilidades generalistas, que podem não ser suficientes para atender às demandas de um mercado cada vez mais especializado.
Embora os anúncios de emprego também apresentem uma proporção maior de soft skills em relação às hard skills, a diferença nos currículos é significativamente mais acentuada.
As habilidades comportamentais ocupam 77% das listas de competências nos currículos.
Embora o mercado valorize habilidades interpessoais, os candidatos tendem a priorizá-las de forma ainda mais evidente, deixando hard skills como ferramentas ou conhecimentos técnicos em segundo plano.
Características como comprometimento, flexibilidade e proatividade são vistas nas maiorias dos currículos, demonstrando uma tendência em apresentar-se como um profissional versátil e confiável.
Essa abordagem nem sempre é suficiente para atender às expectativas dos empregadores, especialmente em funções que demandam conhecimentos especializados. Além disso, a falta de alinhamento pode reduzir ainda mais as chances de sucesso nas triagens atuais.
Com 70% das grandes empresas automatizando os processos de recrutamento, muitos currículos podem ser eliminados automaticamente pelos ATS pelo excesso de termos genéricos e falta de palavras-chave.
Até mesmo candidatos qualificados podem ser descartados se seus currículos não incluírem termos alinhados aos requisitos da vaga. Por isso, é essencial personalizar o currículo e incluir termos alinhados aos requisitos da vaga.
A necessidade de alinhamento com a vaga fica ainda mais evidente ao observar exemplos concretos das lacunas entre o que os empregadores exigem e o que os candidatos oferecem. Enquanto algumas profissões mostram um alinhamento razoável, outras mostram diferenças claras que podem comprometer as chances de seleção.
Os currículos de recepcionistas mostram um bom alinhamento com as vagas. Habilidades como comunicação e organização aparecem com frequência tanto nos anúncios para a função, como nos currículos analisados. Essa consistência reflete a facilidade de atender às demandas do cargo, que prioriza habilidades interpessoais em vez de competências técnicas avançadas.
Para auxiliares administrativos, o alinhamento é positivo, embora não tão forte quanto em recepcionistas. Enquanto as soft skills facilmente correspondem às desejadas pelas empresas, ferramentas específicas, como o Pacote Office, aparecem com menor frequência nos perfis dos candidatos, sugerindo uma possível área de melhoria.
Estagiários tendem a destacar habilidades comportamentais, como proatividade e trabalho em equipe, que estão bem alinhadas às expectativas das vagas. No entanto, a ausência de habilidades técnicas específicas pode limitar o impacto dos currículos, já que algumas vagas pedem conhecimentos básicos em ferramentas como Excel ou plataformas digitais.
Os currículos de designers gráficos apresentam lacunas importantes. Ferramentas como Photoshop e Illustrator, frequentemente requisitadas, aparecem menos nos currículos. Além disso, há uma forte ênfase em soft skills, como proatividade e iniciativa, que nem sempre correspondem ao foco técnico esperado pelos empregadores.
Os currículos de técnicos em enfermagem mostram um bom alinhamento em habilidades interpessoais, como empatia e cuidado. Algumas competências mais técnicas, como procedimentos específicos, têm pouca representatividade nos currículos, o que pode comprometer a competitividade dos candidatos.
Currículos para operadores de telemarketing destacam habilidades interpessoais, como comunicação e relacionamento, que são consistentes com as demandas das vagas. Contudo, ferramentas como CRM, encontradas em algumas descrições, aparecem pouco nos perfis analisados, evidenciando uma lacuna técnica.
Os currículos de vendedores focam fortemente em soft skills, como negociação e adaptação, o que está alinhado com parte das exigências das vagas. No entanto, ferramentas importantes como CRM são raramente mencionadas, apesar de serem valorizadas no mercado.
Para analistas de dados, as lacunas são significativas. Enquanto ferramentas como Python, Power BI e SQL dominam as descrições de vagas, os currículos analisados priorizam Excel e habilidades gerais, como pensamento analítico, que não atendem totalmente às expectativas técnicas dos empregadores.
Os currículos de especialistas em marketing frequentemente destacam habilidades como criatividade e iniciativa, mas deixam de lado ferramentas específicas e técnicas amplamente requisitadas nas vagas, como CRM e Google Analytics.
Currículos de engenheiros civis também possuem lacunas grandes. Competências técnicas, como o uso de AutoCAD ou ferramentas de gestão de obras, ainda são menos priorizadas do que características como liderança e responsabilidade. Isso limita a competitividade dos candidatos para funções que demandam alta especialização.
Os analistas financeiros focam mais em habilidades interpessoais, como trabalho em equipe e comunicação, enquanto ferramentas específicas, como ERP ou análise avançada de dados, são menos frequentes. Essa lacuna técnica destaca uma oportunidade clara para melhorias nos perfis apresentados.
A lacuna entre o que os empregadores buscam e o que os candidatos oferecem não afeta apenas os indivíduos que procuram emprego.
Ela também tem consequências significativas para o mercado de trabalho como um todo, dificultando processos de contratação, reduzindo a competitividade das empresas e gerando desafios para o desenvolvimento econômico.
O mercado de trabalho brasileiro vive uma transformação profunda, impulsionada pela digitalização e pela especialização cada vez maior das profissões. Ferramentas que antes eram vistas como diferenciais hoje se tornaram indispensáveis, enquanto até mesmo funções consideradas mais simples começam a incorporar requisitos tecnológicos básicos.
Enquanto funções técnicas elevam o padrão para ferramentas específicas, profissões de menor complexidade começam a incorporar requisitos tecnológicos básicos, apontando para a necessidade crescente de capacitação contínua, independentemente da área.
Essa evolução destaca a necessidade crescente de capacitação contínua. Segundo a PwC, 59% dos profissionais brasileiros consideram que aprender novas competências é essencial para manter seus empregos.
O aprendizado constante deixou de ser uma escolha dos trabalhadores para se tornar uma exigência. Por outro lado, empresas que investem em treinamentos internos não apenas superam a falta de talentos qualificados, mas também criam equipes mais preparadas para lidar com os desafios da modernidade.
Diante da crescente lacuna entre as habilidades disponíveis no mercado e as exigências das vagas, as empresas têm um papel crucial na formação de talentos. Investir em treinamentos internos, programas de desenvolvimento e parcerias com instituições de ensino não é apenas uma estratégia de curto prazo para preencher posições abertas, mas também uma forma de garantir a competitividade a longo prazo.
Uma pesquisa do LinkedIn revelou que 90% das organizações estão preocupadas com a retenção de funcionários, e oferecer oportunidades de aprendizado é a principal estratégia para manter os talentos.
Além de suprir a escassez de talentos, priorizar o desenvolvimento contínuo dos colaboradores também cria culturas organizacionais mais dinâmicas e atrativas.
A lacuna entre o que os empregadores buscam e o que os candidatos oferecem pode parecer desafiadora, mas existem estratégias claras que podem ajudar a superá-la. Para quem procura emprego, a chave está em alinhar suas qualificações às exigências do mercado e destacar os pontos que realmente fazem a diferença para os recrutadores.
Navegar o mercado de trabalho pode ser complicado, mas o sucesso na carreira depende de ações importantes: investir em suas habilidades, adaptar-se às mudanças e nunca parar de aprender.
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Escrito por
Carmen é especialista em carreira e redatora de currículos profissionais. É linguista e possui experiência em escrita, tradução e revisão. Seu objetivo é facilitar a jornada de pessoas que buscam novas oportunidades em suas carreiras.
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Lacunas de qualificacao no brasil
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